A Doença de Alzheimer provoca alterações progressivas na memória, raciocínio e comportamento. Um dos maiores desafios está nas mudanças emocionais e na personalidade do paciente, que afetam o convívio familiar e social. Identificar esses sintomas é essencial para buscar apoio e tratamento adequado. Entenda mais sobre esse assunto!

A Doença de Alzheimer é uma condição neurodegenerativa que compromete de forma progressiva a memória, o raciocínio e a capacidade de realizar atividades cotidianas.
Trata-se da causa mais comum de demência em idosos, atingindo milhões de pessoas em todo o mundo, especialmente acima dos 65 anos.
Os sintomas não se limitam apenas à perda de memória. Com o avanço da doença, o comportamento, as emoções e até a personalidade do paciente podem sofrer alterações significativas.
Essas mudanças afetam diretamente o convívio familiar e social, gerando desafios tanto para o paciente quanto para seus cuidadores.
Neste artigo, abordaremos as alterações de memória e raciocínio, os impactos no comportamento e nas emoções e as mudanças na personalidade que podem surgir com a evolução da Doença de Alzheimer. Leia até o final e saiba mais!
Alterações de memória e raciocínio
A perda de memória é o sintoma mais conhecido da Doença de Alzheimer, mas as alterações cognitivas vão além.
Nos estágios iniciais, o paciente pode esquecer compromissos, repetir perguntas e ter dificuldade para lembrar informações recém-aprendidas. Com o tempo, essas falhas se tornam mais evidentes e comprometem tarefas rotineiras.
A capacidade de raciocínio e julgamento também se deteriora. Atividades simples, como lidar com dinheiro, seguir receitas ou lembrar como voltar para casa, podem se tornar confusas e perigosas.
Entre as principais alterações cognitivas, podemos destacar:
- Dificuldade para lembrar datas, nomes ou eventos recentes
- Esquecimento frequente de onde guardou objetos pessoais
- Incapacidade de resolver problemas simples do dia a dia
- Desorientação em ambientes conhecidos ou familiares
- Dificuldade para planejar ou seguir instruções básicas
Essas alterações afetam diretamente a autonomia do paciente, sendo um dos primeiros sinais observados pelos familiares.
Comportamentos e emoções alterados pela doença
Além das dificuldades cognitivas, a Doença de Alzheimer também impacta o comportamento e o estado emocional do paciente.
Mudanças de humor repentinas, irritabilidade e agressividade são sintomas comuns e podem surgir mesmo sem motivos aparentes, o que causa estranhamento em quem convive com o paciente.
A apatia é outro comportamento frequentemente observado. O paciente pode perder o interesse por atividades que antes lhe davam prazer, tornando-se mais isolado.
Ansiedade, medo e agitação também são comuns, especialmente em ambientes ou situações que lhe pareçam confusas ou ameaçadoras.
Comportamentos e alterações emocionais frequentes incluem:
- Irritabilidade diante de situações simples
- Agitação sem causa aparente, especialmente no fim do dia
- Tristeza constante ou episódios de choro
- Perda de motivação e redução na interação social
- Medo excessivo ou sensação de perseguição
Esses sintomas podem ser agravados por mudanças na rotina ou falta de estímulos adequados. É fundamental manter um ambiente tranquilo e previsível, com o apoio de profissionais especializados, para minimizar o impacto dessas alterações emocionais no dia a dia do paciente.
Mudanças na personalidade e na interação social
Com a progressão da Doença de Alzheimer, é comum que familiares notem mudanças marcantes na personalidade do paciente.
Alguém antes extrovertido pode se tornar fechado, enquanto uma pessoa tranquila pode passar a agir de forma impulsiva ou desconfiada. Essas alterações são resultado da degeneração cerebral e afetam profundamente os vínculos afetivos.
A interação social tende a diminuir com o tempo. Muitos pacientes sentem vergonha de seus lapsos de memória ou se sentem deslocados em conversas.
Isso contribui para o isolamento e pode agravar sintomas como depressão e ansiedade. A paciência e a compreensão da família são fundamentais para manter a conexão afetiva.
Entre as mudanças mais comuns na personalidade, estão:
- Rigidez no comportamento e resistência a mudanças
- Aumento da desconfiança e sensação de ameaça
- Reações exageradas a críticas ou frustrações
- Redução da empatia e do interesse pelos sentimentos alheios
- Alterações no senso de humor ou comportamentos inapropriados
Essas transformações exigem uma abordagem cuidadosa e empática. A comunicação deve ser simples, afetuosa e direta, respeitando os limites do paciente.
A presença de apoio psicológico e o envolvimento de cuidadores capacitados fazem diferença no enfrentamento diário dessas mudanças.
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