Dr. Paulo Casali - Logo

Geriatria

Doença de Alzheimer: o que é, causas, sintomas, diagnóstico e tratamento

Tempo de Leitura: 5 min.
Data de Publicação: 04/01/2023
Sumário

A Doença de Alzheimer é muito conhecida entre a população global, pois é uma das principais doenças que afetam a memória e o cérebro, comprometendo a capacidade do individuo de realizar as suas atividades do dia a dia. 

É uma doença progressiva que começa de forma incidiosa e vai evoluindo ao longo dos anos, comprometendo as funções cerebrais, afetando aos poucos a autonomia e independência e levando o individuo a uma total dependência 

Um fato importante é que a doença não tem cura até o momento, mas tem controle, principalmente se for iniciado um tratamento precoce.

Com o intuito de conscientizar as pessoas sobre essa doença, o Ministério da Saúde, acompanhando a iniciativa global, declarou setembro o Mês Mundial da Doença de Alzheimer. 

Segundo dados do Ministério da Saúde, no Brasil, 12,4 milhões de pessoas vivem com alguma forma de demência. No mundo, o número chega a 50 milhões. 

A expectativa, divulgada pela Alzheimer's Disease International é que o número de pessoas mundialmente acometidas pela doença pode chegar a 74,7 milhões em 2030 e 131,5 milhões em 2050. 

Neste conteúdo, é possível se informar sobre os principais temas que envolvem a doença de Alzheimer. Saiba mais!

O que é a Doença de Alzheimer?

A Doença de Alzheimer (DA) é um transtorno neurodegenerativo de caráter progressivo que se manifesta pela deterioração lenta e  constante das funções cognitivas (memória, linguagem, atenção, planejamento, etc), acompanhado de comprometimento progressivo das atividades de vida diária e de uma variedade de sintomas neuropsiquiátricos e de alterações comportamentais.

A evolução da doença compromete a autonomia e independência do paciente levando-o a uma limitação funcional e cognitiva progressiva que vai interferir de maneira crucial na sua qualidade de vida

A doença não tem cura até o momento mas tem tratamento, que se instituído precocemente ajuda no controle da velocidade de progressão e nos sintomas psico-comportamentais. Sua evolução é gradual e varia de pessoa para pessoa. 

Causas da Doença de Alzheimer

Não há como dizer no momento quais são as causas da DA. A doença ocorre por conta de falhas, de causas ainda não conhecidas, no processamento de algumas proteínas do nosso sistema nervoso, entre elas, a proteína tau e a beta amilóide, que se acumulam no tecido cerebral e provocam inúmeros desequilíbrios locais, culminando com a morte neuronal . 

O que sabemos é que alguns importantes fatores aumentam o risco de aparecimento e desenvolvimento da doença

Os fatores de risco para a DA podem ser divididos em genéticos e ambientais. 

Os fatores genéticos estão mais relacionados com as formas de aparecimento precoce – em menores de 65 anos – que normalmente são mais agressivas e felizmente raras. 

Já os fatores ambientais estão relacionados às formas de início tardio ou senil, sendo o principal fator de risco o próprio envelhecimento. O risco de desenvolver a doença aos 65 anos é de aproximadamente 5% só se levando em conta a idade e dobra a cada 5 anos chegando a aproximadamente 40% naqueles com mais de 90 anos. 

Outros fatores incluem baixa escolaridade, hipertensão arterial, diabetes mellitus, obesidade, sedentarismo, traumatismo craniano, depressão, tabagismo, perda auditiva e isolamento social , destacando-se que estes podem ser prevenidos e modificados.

Por isso é extremamente válido conhecer o seu histórico familiar, adquirir e  manter bons hábitos de vida e fazer consultas regulares ao seu médico.

Quais são os sintomas da Doença Alzheimer?

Os pacientes iniciam com dificuldades para lembrar de recados, notícias recentes, e repetem as mesmas perguntas, comentários e narrativas. Os sintomas, inicialmente leves e intermitentes, vão progredindo, caracterizando primeiro o comprometimento subjetivo de memória, seguido do comprometimento cognitivo leve, prejudicando também a linguagem e funções executivas o qual posteriormente evolui para a fase de demência, quando os sintomas começam a interferir nas atividades habituais da vida diária e na autonomia do paciente.

A doença pode ser dividida em três fases: leve, moderado e grave, caracterizadas basicamente pelo grau de dependência do paciente

Fase Leve:  piora progressiva das funções cognitivas como memória operacional (dificuldade de realizar mais de uma tarefa ao mesmo tempo), linguagem, funções executivas (planejamento, solução de problemas) e orientação temporal-espacial. Ainda preserva a independência e autonomia 

Fase Moderada: o paciente torna-se mais dependente para as atividades instrumentais da vida cotidiana (embora ainda capaz de autocuidados), como dirigir, usar aparelhos eletrônicos, lidar com dinheiro, etc. Sintomas neuropsiquiátricos como delírios (tipicamente de traição ou roubo), alucinações e agitação, com ou sem agressividade são mais frequentes.

Fase Grave

o paciente vai se tornando progressivamente menos capaz até atingir a total dependência (para autocuidados, alimentar-se, vestir-se, etc), a memória fica reduzida a fragmentos de informações, a linguagem restrita a poucas palavras ininteligíveis, Aparece uma dificuldade progressiva de marcha até ficar acamado, e também incontinência urinária, fecal e dificuldade para engolir entre outras coisas.

A sobrevida é em média de cinco a 12 anos após o início dos sintomas, mas com grande variabilidade entre pacientes

Com isso, ressaltamos que essa doença não tem cura, apenas tratamentos para diminuir os impactos na vida do paciente.

Diagnóstico da Doença de Alzheimer

O diagnóstico da DA não é fácil, pois não há um exame específico que indique com certeza a existência da doença.

 O diagnóstico é clinico (feito através de dados coletados pelo médico na anamnese e exame físico durante a consulta) e diferencial ( através de exames de laboratório para descartar outras patologias)

Alguns novos exames mais específicos tem aparecido recentemente para ajudar nesse diagnóstico mas infelizmente ainda pouco acessíveis para grande parte da população.

Tratamento para o Alzheimer

Não há um protocolo de tratamento definitivo para o Alzheimer. Como mencionamos acima, trata-se de uma doença que não tem cura. 

Os tratamentos, por sua vez, são focados em atrasar o avanço dos sintomas.

Para isso, é possível usar medicamentos, terapia, reabilitação cognitiva e também alguns tratamentos alternativos como a cannabis medicinal 

De acordo com uma matéria publicada no Correio Braziliense, veículo jornalístico renomado, um estudo pioneiro realizado pela Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila) investiga os benefícios do THC (Tetrahidrocanabinol) e CBD (canabidiol).

Essa pesquisa indicou que um paciente diagnosticado com DA, após 22 meses de utilização do remédio, apresentou uma melhora tão significativa dos sintomas que parecia estar ocorrendo uma reversão da doença. 

Antes do estudo, ele não reconhecia as pessoas, não tinha autonomia e, agora, ele cuida do seu próprio sítio, entre plantas e animais e reconhece todas as pessoas. Atualmente, o estudo se expandiu para 28 pacientes. 

A cannabis medicinal é uma grande aposta da ciência para combater essa doença. Ainda há necessidade de mais estudos comprobatórios mas há um grande potencial.

Compartilhe esse conteúdo para informar e conscientizar cada vez mais pessoas sobre a Doença de Alzheimer!

Dr. Paulo Casali
DR. PAULO CASALI
CRM: 76648 
RQE: 15487

Meu nome é Paulo Antonio Casali, sou médico Geriatra e Nutrólogo com mais de 30 anos de experiência.

Meu foco é na prevenção com uma visão holística e Integrativa para um envelhecimento digno e bem sucedido.

Sou prescritor de cannabis medicinal, homeopatia, fitoterapia e prática ortomolecular.

Será um prazer atendê-lo e oferecer a você o melhor que a medicina pode proporcionar!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Agende 
sua consulta

magnifiercross