Autor: Juliana Rodrigues
29/04/2016 - Matéria Especial
Saiba o que inserir na alimentação para combater o problema e a fragilidade do organismo
Na terceira idade surgem diversas dúvidas ao se tratar do estilo de vida e da alimentação. O corpo com o desgaste natural apresenta necessidades fisiológicas de acordo com cada organismo, portanto o acompanhamento preventivo torna-se necessário para saúde do idoso.
Estudo realizado pelo Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público e Estadual aponta que os idosos têm 3,7% maiores chances de desnutrição quando comparados com os adultos.
O geriatra Dr. Paulo Casali explica que além da dieta equilibrada é preciso obter o conhecimento de como os nutrientes estão sendo absolvidos pelo corpo e já existem exames laboratoriais específicos para essa análise, o que possibilita identificar a deficiência nutricional no organismo.
“A proporção e quantidade dos nutrientes oferecidos na dieta deve ser individual e baseado no metabolismo do indivíduo, na sua composição corporal, rotina, idade, doenças pré-existentes, entre outros fatores”, conclui.
Desnutrição na terceira idade
É crescente a população idosa no Brasil e paralelo a isso o aumento do número de doenças crônicas, como a diabetes e a hipertensão. De acordo com a Sociedade Europeia de Nutrição e Saúde 50% dos idosos estão hospitalizados entre os 60 anos e mais de 77% com mais de 80 anos possui nutrição deficiente.
Os motivos que acometem a desnutrição entre os idosos envolvem diversos fatores, como socioeconômicos, fazendo com que direcionem o salário mínimo recebido à compra de remédios, o desconhecimento dos alimentos nutritivos, dependência dos cuidadores ou mesmo a ausência dos mesmos, motivo pelo qual necessitam preparar o próprio alimento e não há conhecimento, disposição ou habilidade. A ausência de dentes também dificulta a mastigação e faz com que excluam alguns alimentos importantes do cardápio.
Para integrar as necessidades nutricionais do idoso é indicado o consumo de hortaliças, carnes, legumes, peixes e sopas para facilitar a digestão. Pesquisa concluída pela Universidade de Havard divulga que o consumo diário de alimentos integrais pode reduzir em até 9% os riscos de morte por doenças cardíacas.
A importância do consumo da Vitamina D
Estudo realizado por Pesquisadores do Centro Médico da Universidade Livre de Amsterdã diz que a deficiência de vitamina D pode acometer dificuldades físicas no dia a dia, como caminhar, vestir-se subir escadas, entre outros.
A vitamina D é geralmente absorvida pela luz solar ou por meio da dieta, possui tarefa essencial para a saúde dos ossos e músculos, logo a deficiência do nutriente no organismo acarreta em implicações, como a osteoporose, além de aumentar os riscos de fraturas.
“Uma dieta saudável para o idoso é aquela que fornece os nutrientes essenciais de maneira equilibrada, incluindo zinco, selênio, vitaminas antioxidantes como C e E, entre outras. Para saúde hormonal, sobretudo dos homens é indicado à suplementação, além do que já é fornecido por meio dos alimentos”, indica o médico.
A National Nutrient Database for Standart Reference (USDA) (Banco Nacional de Nutrientes para Referência) indica os principais alimentos para nutrição dos idosos:
Sardinha e atum
Esses alimentos são ricos em ômega-3, nutriente apontado em diversos estudos como benéfico para saúde cardiovascular e considerado protetor do cérebro contra a degeneração. O atum e a sardinha são fontes de vitamina D, substância essencial para saúde dos idosos.
Fígado de boi
Embora não seja um alimento tão apreciado e consumido deve ser inserido na dieta principalmente dos idosos, pois é fonte de vitamina D. A melhor forma de adicioná-lo na dieta é cozido ou grelhado para evitar frituras e o consumo de gorduras prejudiciais.
Ovos
Os ovos são fontes importantes da vitamina D e o mais indicado é o ovo caipira, pois a galinha que produz esse tipo de alimento geralmente não ingere hormônios, o que preserva o potencial dos nutrientes. Para evitar frituras opte pelo consumo cozido ou ovos mexidos.
Iogurte
O iogurte é fonte de vitamina D e também de cálcio, ambos imprescindíveis para saúde dos ossos. Opte pelo consumo do iogurte desnatado, possui menor teor de gordura e pode ser adicionado junto com frutas, vitaminas, mel e outros.
Dr. Casali alerta sobre os hábitos prejudiciais em qualquer idade, o que inclui a ingestão excessiva do açúcar refinado, da farinha branca, gorduras saturadas, embutidos (presento, mortadela, salame, salsicha), frituras, refrigerantes, excesso de álcool, cafeína, entre outros. “Alimentos industrializados em geral, ricos em aditivos químicos devem ser desestimulados desde a mais tenra idade”, acrescenta.
Dr. Paulo Casali, Clínico em Geriatria e Nutrologia
Membro da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia
Especialista em Saúde Ocupacional e Toxicologia
Matéria Portal Sare
Autor: Juliana Rodrigues
28/04/2016 - Matéria Especial
Exercícios físicos contribuem no combate à osteoporose, Alzheimer, depressão e melhora a mobilidade física
O movimento, a alimentação e o estilo de vida de um idoso é o que vai determinar a qualidade da saúde. É sabido que cresceu a expectativa de vida entre os brasileiros, de acordo com a OMS até 2025 a população idosa pode chegar até 12,2%, portanto hoje podem viver mais e para viver bem a inserção de algumas práticas são essenciais para a preservação da mente e do corpo.
O Dr. Paulo Casali é geriatra e afirma que é possível praticar exercícios físicos na terceira idade e inclusive o ganho de massa muscular, pois devido ao envelhecimento é comum a perda de massa magra. “Com o avançar da idade vai aumentando o processo de catabolismo (perda) e diminuindo anabolismo (ganho). Isso ocorre principalmente devido a um maior desequilíbrio hormonal com diminuição dos hormônios anabólicos como a testosterona, estradiol, hormônio do crescimento, e o aumento dos hormônios catabólicos como o cortisol”, explica.
O médico ainda ressalta que o sedentarismo na terceira idade, associado à alimentação inadequada são comportamentos que enfraquecem ainda mais os músculos, propiciam o ganho de peso e provoca o desgaste da massa muscular. “Para manter a massa muscular íntegra, sem perdas ou até mesmo promover o seu ganho é necessário manter-se ativo, alimentar-se adequadamente e adquirir um equilíbrio metabólico e hormonal. Isso deve ter inicio o quanto antes e se manter ao longo de toda a vida”, orienta.
Estudo divulgado no The American Geriatrics Society (Sociedade Americana de Geriatria) sugere os benefícios da atividade física entre os idosos. Pesquisadores avaliaram homens e mulheres de 70 a 90 anos de idade com determinadas complicações funcionais. Além de combater a obesidade os exercícios mostraram-se eficientes em melhorias na mobilidade física.
Fortalecer a musculatura na terceira idade com o acompanhamento médico e do educador físico é um hábito que traz inúmeros benefícios para o bem-estar e saúde do idoso. “Exercícios que tenham impacto (caminhar, correr) e exercícios resistidos (musculação) ajudam a diminuir a chance de perda de massa óssea e consequentemente o risco de aparecimento de osteoporose”, recomenda.
A Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) conscientiza sobre a importância de orientar o idoso sobre a prevenção das quedas recorrentes, ferimentos e da gravidade da situação considerada uma questão de saúde pública. O vice-presidente da SBGG-SP, Carlos André Uehara, alerta sobre os idosos com maior probabilidade a cair e que isso não deve ser considerado algo normal.
“Na terceira idade a prática de exercício físico, sobretudo a orientação e supervisão de perto de um educador físico é ainda mais importante, pois um exercício feito de maneira inadequada ou inapropriada pode aumentar o risco de lesões músculoesqueléticas ou agravar as já existentes”, alerta o médico.
A prática de atividade física entre os idosos é um comportamento que irá auxiliar inúmeros setores da saúde, tanto no ponto de vista físico, como mental, afirma Dr. Casali: “A melhora da circulação e oxigenação cerebral, a liberação de endorfinas, dopamina e outros neurotransmissores, associado a uma redução dos níveis de stress ajudam a diminuir o risco de doenças como depressão, Alzheimer, entre outras”, ressalta.
Referências:
Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia: http://sbgg.org.br/atividades-marcam-semana-mundial-de-prevencao-as-quedas-de-idosos/
The American Geriatrics Societi: http://www.americangeriatrics.org/press/news_press_releases/id:5443
Matéria original: http://www.sare.com.br/saude-entrevista/idosos-devem-abandonar-o-sedentarismo#ixzz4C9M1mAsH
Dr. Paulo Casali, Clínico em Geriatria e Nutrologia
Membro da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia
Especialista em Saúde Ocupacional e Toxicologia
Em um sistema de saúde cada vez mais saturado e burocrático, cresce o número de pessoas que optam pelo atendimento com médico particular. Mas afinal, o que está por trás dessa escolha? É apenas uma questão de conforto ou há fatores mais profundos que justificam essa decisão?
Neste artigo, você vai entender com profundidade o que significa ser atendido por um médico particular, os principais benefícios desse modelo de atendimento, quando ele realmente vale a pena e como essa escolha pode impactar positivamente sua saúde e qualidade de vida.
Um médico particular é aquele que presta atendimento de forma independente, sem intermediação de planos de saúde ou do sistema público. O pagamento é feito diretamente pelo paciente, geralmente no momento da consulta ou procedimento.
Esse modelo permite uma relação mais direta entre médico e paciente, com mais autonomia para ambas as partes.
O atendimento particular oferece uma experiência que vai muito além da consulta em si. Ele proporciona uma abordagem mais humana, com foco total nas necessidades do paciente. Confira abaixo os principais benefícios desse modelo:
Existem situações em que optar por um médico particular é não apenas vantajoso, mas essencial. Seja pela urgência, pela busca por qualidade ou pela insatisfação com o sistema tradicional, muitas pessoas encontram nesse modelo uma solução eficaz e mais humana para cuidar da saúde.
Abaixo, destacamos os cenários mais comuns em que essa escolha faz toda a diferença:
Definitivamente, não. Muitos pacientes optam por esse modelo para cuidar de condições crônicas, realizar check-ups regulares, buscar acompanhamento especializado ou mesmo prevenir doenças. O acompanhamento contínuo com o mesmo médico fortalece a relação e favorece uma visão mais ampla e integrada da saúde do paciente.
Médico particular x plano de saúde: qual a diferença prática?
Aspecto | Médico Particular | Plano de Saúde |
Tempo para consulta | Rápido (dias) | Longo (semanas/meses) |
Tempo da consulta | Longo (30min a 1h) | Curto (10 a 15 minutos) |
Liberdade de escolha | Total | Limitada à rede credenciada |
Relacionamento com o médico | Contínuo e personalizado | Fragmentado e superficial |
Qualidade percebida | Alta | Variada |
O valor de uma consulta particular varia de acordo com a especialidade, região e experiência do profissional. Em média, varia entre R$ 200 a R$ 600 por consulta. Em muitos casos, esse investimento compensa pela rapidez, qualidade e evita gastos desnecessários com exames ou tratamentos ineficazes.
Sim. Ter um plano de saúde não impede que você consulte um médico particular quando desejar um atendimento mais humano, rápido ou especializado. Em muitos casos, é justamente o plano que não consegue suprir as expectativas do paciente, levando-o a buscar alternativas.
Escolher um médico particular exige atenção a detalhes importantes que vão muito além da especialidade. Afinal, a qualidade do atendimento é diretamente influenciada por fatores que muitas vezes passam despercebidos no primeiro contato.
Confira os principais aspectos a serem avaliados:
Pacientes com mobilidade reduzida, idosos ou pessoas em situações mais delicadas de saúde se beneficiam imensamente do atendimento em casa. Além do conforto, evita deslocamentos estressantes e permite um olhar mais real sobre o ambiente do paciente.
O Dr. Paulo Casali também oferece atendimento médico domiciliar particular, proporcionando mais comodidade e acolhimento para pacientes que precisam de cuidados no conforto do lar.
Escolher um médico particular não é apenas uma questão de status ou luxo. É uma decisão consciente em favor da sua saúde, do seu tempo e da sua qualidade de vida. Em tempos em que somos cada vez mais tratados como números, ser ouvido com atenção e cuidado faz toda a diferença.
Se você deseja um cuidado médico mais humano, resolutivo e presente, considere agendar sua próxima consulta com um médico particular.
A principal vantagem é o atendimento personalizado, com mais tempo, atenção e foco nas reais necessidades do paciente.
Sim, muitos profissionais emitem recibo para reembolso junto ao plano de saúde, caso o paciente tenha esse benefício.
Não necessariamente. Você pode usar ambos conforme suas necessidades.
A clínica particular pode reunir vários profissionais. O médico particular pode atuar de forma independente ou dentro de uma clínica.
Não obrigatoriamente, mas têm mais liberdade para aprofundar o atendimento e investir na relação com o paciente.
Sim, qualquer pessoa pode optar por pagar um atendimento particular.
Clínica geral, ginecologia, cardiologia, endocrinologia e psiquiatria estão entre as mais buscadas.
É aquele que considera o paciente como um ser humano integral, não apenas um conjunto de sintomas.
Sim, com autonomia para solicitar o que for realmente necessário para um diagnóstico preciso.
Busque recomendações de pessoas de confiança, avaliações online e verifique a formação e especialização do profissional.
A geriatria é a especialidade da medicina que se dedica a estudar o idoso e o processo de envelhecimento. É uma das poucas especialidades que se dedicam ao indivíduo como um todo é o médico geriatra que está preparado para gerenciar a saúde desse idoso, lidar com suas queixas e aflições, dúvidas e anseios da família e do cuidador, bem como fazer uma inter-relação entre os vários médicos especialistas que o paciente necessite. O geriatra resgata a figura do antigo médico de família – tão saudosa nos dias de hoje.
Se você tem mais de 65 anos e deseja ter um médico responsável pela sua saúde, capaz de lidar ao mesmo tempo com as doenças mais comuns que afetam o idoso, deve procurar o geriatra. E se você não é idoso mas quer envelhecer de maneira saudável, com menos limitações, dependências e sofrimento, também deve procurar o médico geriatra o mais cedo possível para um acompanhamento preventivo.
O médico geriatra conhece as características do envelhecimento, por isso um dos seus principais objetivos é melhorar a qualidade de vida não só dos idosos mas de todos aqueles que queiram envelhecer com mais saúde Acrescente vida aos anos e não apenas anos à vida, proporcionando um envelhecimento mais digno.
Visa detectar, prevenir e tratar as doenças associadas ao processo de envelhecimento humano, oferecendo uma melhor performance física e mental às pessoas para atingir e manter o estado de equilíbrio metabólico, dando qualidade à quantidade e quantidade à qualidade de vida. Pode minimizar as possibilidades de doenças, uma vez que iremos repor e receber matérias primas necessárias e indispensáveis ao nosso equilíbrio.
O que conhecemos como doença, nada mais é do que a soma das carências graduais, crônicas e cumulativas de matérias primas básicas de que o nosso corpo necessita para funcionar com perfeição.
Sim, esse conceito precisa mudar – e logo. Quando se fala em geriatria, a maioria das pessoas ainda pensa naquele profissional especializado em atender aos velhinhos (e somente eles). Na verdade, o que o geriatra faz é auxiliar cada paciente para que ele envelheça com saúde – uma questão que pode e deve ser tratada já a partir dos 30 anos.
Pode parecer um tanto cedo, mas explica-se. Quando o indivíduo passa a ser considerado idoso (no Brasil, pessoas com 60 anos ou mais), é essencial consultar regularmente o geriatra – o médico mais capacitado para lidar com as particularidades da sua saúde, sabendo diferenciar claramente situações que fazem parte de um envelhecimento normal daquilo que seria anormal e que precisa ser tratado.
Além disso, o geriatra está mais preparado para lidar com as diferentes doenças que o idoso possa manifestar, gerenciando-as em conjunto e fazendo a inter-relação entre os vários especialistas que por ventura esse idoso precise.
Mas mesmo quem não é idoso pode e deve se preocupar em envelhecer com saúde – afastando o máximo possível as situações de incapacidade e dependência no futuro. Nesse caso, o que um geriatra faz é o trabalho de prevenção.
Não existe uma idade pontual, mas a partir dos 35 a 40 anos o ser humano já começa a apresentar os primeiros sinais de envelhecimento. “Talvez essa seja a fase ideal para começar um trabalho preventivo visando a manutenção da saúde pelo maior tempo possível”, define o médico Paulo Casali, de São Paulo.
Nas primeiras consultas
O início dessa prevenção vai depender muito do perfil do paciente, do motivo da consulta, das queixas principais que surgem, da idade em que a pessoa está, se ela é mais saudável ou fragilizada e outros fatores.
“Quando o paciente é idoso, normalmente fazemos uma anamnese (uma entrevista) ampla e detalhada focada nas suas queixas principais, no seu histórico pessoal, seus hábitos e vícios, nas medicações e também em avaliações de incapacidades com a finalidade de reduzir riscos de agravamento na saúde geral desse idoso”, diz o Dr. Paulo.
Se a pessoa ainda não é idosa, o médico irá avaliar em detalhes os hábitos, vícios, histórico pessoal e familiar e solicitar exames para detectar alterações metabólicas, nutricionais e hormonais, entre outras coisas.
A primeira consulta é sempre mais longa e trabalhosa justamente por avaliar o paciente como um todo. O geriatra é um especialista apto a estimular e mostrar ao paciente os benefícios de se manter uma vida saudável e com atitudes positivas em relação ao seu corpo.
O tempo é amigo, não inimigo
Quanto antes o indivíduo procura um geriatra, melhor para a prevenção. Sabe-se que o processo de envelhecimento e o risco relativo de desenvolver determinadas doenças está intimamente relacionado ao perfil metabólico, que é único para cada paciente.
“Atualmente, temos acesso a exames que avaliam em detalhes essa individualidade metabólica, proporcionando a oportunidade de intervir nos erros e desequilíbrios, otimizando o funcionamento de todo o organismo e diminuindo a chance de aparecimento de doenças relacionadas ao envelhecimento”, afirma Paulo Casali.
Além disso, o geriatra tem amplo conhecimento para passar orientações a respeito de um estilo de vida saudável – fazendo recomendações e sugerindo opções também sobre boa alimentação, atividade física regular, sono adequado, controle do estresse, engajamento social, equilíbrio emocional e até espiritual.
Muitos são os fatores que podem influenciar na vida de uma pessoa no futuro. O geriatra lida com elas não apenas na idade avançada, mas logo cedo.
Muito se ouve falar sobre metabolismo – principalmente ligando o tema com a alimentação. Mas o assunto vai muito além. Vamos começar pelo básico: você sabe o que é e como funciona o metabolismo? E, em especial, como ele influencia a saúde?
Metabolismo é uma palavra derivada do idioma grego que significa “mudança”, “troca”. Podemos definir metabolismo como o conjunto de reações químicas responsáveis pelos processos de síntese e degradação de nutrientes da célula.
Ou seja: são as transformações que as substâncias químicas sofrem no interior do organismo por meio de uma via metabólica. Cada etapa de transformação dos alimentos é catalisada pelas enzimas.
Existem milhares de enzimas conhecidas que regulam centenas de vias metabólicas no organismo – e a correta execução de toda essa cadeia depende de uma série de fatores, como idade, raça, sexo, origem, fatores genéticos e ambientais, padrão alimentar, flora intestinal, peso, atividade física, nível de estresse e outros.
Daí pode-se entender que cada pessoa tem um perfil metabólico único – que vai mudando naturalmente ao longo da vida e também (e principalmente) em decorrência do estilo de vida que se leva e do meio em que se vive.
Aí é que entram os exames que identificam alterações metabólicas. É por meio deles que o profissional da saúde pode propor tratamentos específicos que se adequem a cada paciente.
Diversas queixas e sintomas (que não se encaixam em nenhum diagnóstico clínico) podem estar relacionados com alterações metabólicas. Algumas vezes, o paciente pode não ter uma queixa específica e, no exame, detectam-se alterações metabólicas que, corrigidas, vão evitar o aparecimento de uma doença clínica futura.
Um perfil para cada paciente
A principal vantagem nesses exames é que permitem atuar de forma preventiva, corrigindo falhas e desequilíbrios metabólicos antes que apareça a doença clínica propriamente dita, com seus sintomas e sinais muitas vezes progressivos e irreversíveis que podem comprometer de forma significativa a qualidade de vida.
Outra característica única da avaliação metabólica é que se consegue, com ela, avaliar diretamente o que acontece dentro da célula – e de uma forma ampla e detalhada, o que ajuda muito a elaborar um tratamento muito mais direto.
Os exames de avaliação metabólica podem ser feitos tanto pelo sangue quanto pela urina – e sempre em laboratórios de confiança. Neles, são dosados alguns ácidos orgânicos (que são os produtos finais do metabolismo).
Esses exames, que começam a ser mais utilizados nos dias de hoje, são indicados para todos os indivíduos adultos, saudáveis ou não, e devem ser feitos periodicamente. Crianças também podem realizar a avaliação, mas desde que exista uma razão bem clara.
A periodicidade e a especificidade do exame variam de caso a caso. Mas é certo que traçar um perfil metabólico de cada paciente ajuda, e muito, a tornar a busca pela saúde mais eficaz.
Matéria no site Alto Astral sobre sucos poderosos. Confira na íntegra:
https://www.altoastral.com.br/sucos-poderosos-reduzir-medidas/